20 de junho de 2013

WOSLOM: PARA OUVIR INÚMERAS VEZES

“Novo álbum da banda, Evolustruction investe em sonoridade trabalhada e cheia de detalhes”

Por João Messias Jr.

Evolustruction
Divulgação
É sempre um prazer ouvir os trabalhos que proliferam na nossa cena. Mas a nossa missão fica ainda mais empolgante quando chegam em nossas mãos discos maravilhosos, como o segundo e tão aguardado  álbum do quarteto paulista Woslom.

Formado por Silvano Aguilera (voz/guitarra), Rafael Iak (guitarra), Francisco Stanich Jr. (baixo) e Fernando Oster (bateria), soltaram neste mês de junho o tão aguardado segundo álbum, que recebe o nome de Evolustruction.

Ao invés de ficarem na zona de conforto, a banda buscou incorporar ao thrash passagens mais trabalhadas, que tem tudo para emocionar fãs de álbuns como Rust in Peace (Megadeth), The Ritual (Testament), Act III (Death Angel) e o (injustamente) criticado Force of Habit (Exodus). 

Começando da faixa-título e primeiro single, ela surpreende pelas linhas grudentas e pegajosas, que se aproximam do hard rock, principalmente no refrão, que colam de imediato. Haunted by the Past possui linhas vocais empolgantes, principalmente no refrão, que sem querer polemizar, faria sucesso se gritado a plenos pulmões nessa onda de protestos pelo país. Já No Last Chance e New Faith apresentam o maior destaque do trabalho: as guitarras. Aguilera e Iak fazem riffs e solos inspirados, em que repetidas vezes nos levam “solar” junto com os guitarristas em muitos momentos.

Voltando a falar nas seis cordas, a performance da dupla está no nível de gente do naipe de Holt/Runolt/Altus(Exodus), Mustaine/Friedman (Megadeth), Hanneman e King (Slayer)  e Skolnick/Peterson (Testament)

Os fãs de Time To Rise podem ficar tranquilos, pois apesar das melodias apuradas e passagens mais trabalhadas, o lado visceral continua presente para deixar nosso pescoço em frangalhos, como em Pray to Kill.

Purgatory começa com um jeitão de “Balada Bay Área”, com uma linha mais lenta, que recebe velocidade no meio e retoma a linha inicial no fim. O trabalho se encerra com uma inspirada versão para Breakdown, do Mad Dragzter (outra banda que vale a pena conhecer), que aqui foi transportada ao estilo da banda, e nem precisa dizer que ficou sensacional!

Evolustruction é um trabalho que tem tudo para ser lembrado nos próximos anos como um dos clássicos do metal mundial.

Para ouvir inúmeras vezes!

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