Texto: João Messias Jr.
Fotos: Gil Oliveira
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Kobi Fahri Foto: Gil Oliveira |
Em sua segunda tour pelo Brasil
(muitos preferem esquecer do Metal Open Air, quando esteve escalado no cast),o
quinteto israelense desta vez brindou o povo brasileiro em apresentações em
estados como Minas Gerais (Roça ‘n’Roll) e São Paulo (Hangar 110). Ambas
elogiadíssimas pelo público e mídia especializadas no assunto. Mas ainda teve
tempo para mais e foi agendada mais uma data, no dia 2 de junho no Princípios
Bar, em São Bernardo
do Campo, casa que recentemente acolheu o rock e o metal.
Para esta celebração no ABC,
foram escolhidas três bandas representativas da região: Pastore, Seven7h Seal e
Demolition Inc.
Sem tendências e modismos
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Yossi Sassi Foto: Gil Oliveira |
No set da banda os destaques
foram Revolution Now, que tem tudo para ser um dos carros chefe do quinteto,
The Pleague, Set the World on Fire e uma interessante versão para Refuse/Resist
(Sepultura), que aqui foi transportada a sonoridade do Demolition Inc. Uma banda
que merece atenção.
Recomeço
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Uri Zelha Foto: Gil Oliveira |
Mas o foco foi o debut The Price
of Human Sins, que teve como destaques as canções Fallen Angel (que fala de uma
força invisível que está destruindo a humanidade), a “videoclíptica” Far Away e
Nobody’s Watching.
Assim como os instrumentistas, o
vocalista teve uma atuação soberba, pois apesar dos agudos e do “jeitão” Geoff
Tate (Queensryche), soube trazer ao seu estilo partes mais rasgadas e até
alguns urros.
Após mais um ótimo show, foi dada
a notícia do cancelamento da apresentação do Seven7h Seal. Uma pena, pois a
atual formação é muito forte e assim como as outras bandas de abertura, merecem
maior atenção do público.
Espera encerrada
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Kobi Fahri e Tiago Claro Foto: Gil Oliveira |
Sim, graças aos elementos
folclóricos, canções como Sapari (um dos pontos altos do set) que pode ser
facilmente incluída nas apresentações de danças orientais, como a dança do
ventre, atenção dançarinas!
O show contou com a participação
de Tiago Claro (Seven7h Seal) dividindo as vozes com Kobi em Ocean Land, uma das faixas mais belas e sombrias da banda. Após essa canção, um clima de
maior descontração aconteceu na faixa El Meod Na’ala, em que era possível ver o
sorriso estampado no rosto de cada um dos integrantes, em especial de Sassi,
que foi a simpatia em pessoa.
Norra El Norra (Entering the Ark)
e Ornaments of Gold deram números finais a esta apresentação, que embora curta,
não deveu em intensidade e feeling, coisa que muitos tentam, mas poucos
conseguem.
Não tem como não esquecer
Apesar da ótima noite, algo não
deve deixar de ser comentado, o baixo público. Não há desculpas. Mais uma vez
vou tocar nessa tecla: será que os ditos headbangers só se manifestam quando há
eventos como Rock in Rio, Monsters of Rock e apresentações individuais de
grupos como Slayer, Iron Maiden e Black Sabbath?
Vamos nos conscientizar!
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