17 de julho de 2013

CJ RAMONE: PUNK ROCK E DIVERSÃO

“Eterno baixista dos Ramones alegra os presentes com o melhor dos três acordes”

Texto e fotos: João Messias Jr.

CJ Ramone
João Messias Jr.
Cristopher Joseph Ward, mais conhecido como CJ Ramone pode se considerar um afortunado! Após sua entrada na adorada e idolatrada banda de poppy punk RAMONES o baixista escreveu sua história no mundo do rock. Sim, pois sua missão não foi fácil, pois entrou na banda no fim dos anos 90,  substituindo Dee Dee Ramone e além de impor seu estilo, ficou na banda até o seu fim, em 1996.

Após montar as bandas Los Gusanos e Bad Chopper, se lançou como artista-solo e hoje promove o álbum Reconquista, lançado no ano passado. Mas, (ai se todos fossem assim), o músico não renega o passado e vive sadiamente tocando sons de sua antiga banda com suas canções autorais, o que rendeu algumas visitas ao nosso país ao longo desses anos. Como em sua mais recente tour, que passou por aqui há poucos dias. Esse giro pelo país rendeu uma apresentação na capital paulista, no dia 5 de julho, no tradicional Hangar 110, próximo ao metrô Armênia.

Mas antes disso...

Gildo (Garotos)
João Messias Jr.
... Antes do CJ, a festa teve como abertura a banda Garotos, antigo Garotos Podres, que por motivos de disputa do nome na justiça, passou a atender dessa forma. 

Graças à eficiência do nosso transporte coletivo, acabei perdendo parte da apresentação do quarteto. Atualmente formado por Tio Denis (guitarra), Sucata (baixo) , Caverna (bateria) e o vocalista Gildo, chamam a atenção num primeiro momento pelo visual do cantor, que lembra o do mestre Bezerra da Silva. Inclusive com o mesmo carisma, só que cantando punk rock. Para os curiosos, a banda continua honrando o legado, que foi comprovado com a execução de hinos como  Rock de Subúrbio e o hino Papai Noel Velho Batuta. Ótima abertura!

One, two, three, four

Após uma considerável demora, às 21h50 CJ retoma à festa. Sob a marcação one, two, three, four, a  banda começou com Judy Is a Punk, mas foi com Blitzkrieg Bop a casa (lotada) veio a baixo, em que era possível ver pessoas de todas as idades chorando de emoção ao ouvir este e outros clássicos como Strenght to Endure e Psycho Therapy, mostrando-se um vocalista carismático e sem ficar na sombra do “mestre” Joey Ramone.

Surpresas

A noite se tornou ainda mais agradável graças às canções do álbum Reconquista. Grudentas, elas nos remetem a um famoso quarteto de Liverpool, graças ao bom trabalho de guitarras e os backing vocals. Um exemplo foi You’re the Only One, que faria muito sucesso nas rádios rock, caso fosse difundida no mainstream.

Voltando....

CJ e banda ao vivo
João Messias Jr.
Mas ainda tinha mais e rodas eram movidas aos clássicos ramônicos Teenage Lobotomy, Commando, I Wanna Be Your Boyfriend (dedicada as mulheres presentes).

Antes da parte final do show, CJ pediu para que os presentes cantassem um “Parabéns pra Você” em homenagem ao produtor Cacá Prates, que aniversariava naquele dia.

R.A.M.O.N.E.S (Motorhead) encerrou o show, que apesar de pouco mais de uma hora, deixou todos satisfeitos e felizes, como deve ser!
Com certeza Joey, Johnny e Dee Dee devem estar orgulhosos do legado que a banda fez mundo afora!

Foi gratificante e honroso ter a oportunidade de cobrir um show deste nível, com organização e casa cheia, mas não como não bater na mesma tecla: senhores headbangers, que tal fazerem isso nos shows de bandas nacionais também?

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