“Human Decay é a prova que quarteto faz por merecer um lugar entre os
grandes nomes do thrash nacional”
Por João Messias Jr.
O quarteto paulista Darkest, com apenas três anos de estrada soube
como poucos criar uma alquimia musical de resultado empolgante.
Usando as estruturas do thrash, o
quarteto na época formado por Artur (voz
e guitarra), Danilo (guitarra), Mauricio (baixo) e Daniel (bateria) passeia
pelo heavy tradicional e coloca algumas passagens death, mas sempre com base no
estilo que consagrou nomes como Slayer e Metallica.
Essa alquimia apresenta um dos
EPs mais interessantes (e viciantes) desse ano, que possui como destaque a coesão
instrumental e os vocais que mesclam berros com a crueza que as bandas
brasileiras tinham nos anos 80.
A abertura já é de arrepiar com
Endless Pain (não confundir com a do Kreator), que une passagens trampadíssimas
e um show de baixo. Aliás, o instrumento volta a aparecer com destaque na faixa seguinte,
I’m Dead, numa linha a lá Sadus. Sociopath, a melhor do disquinho, mostra
solos inspirados no metal tradicional e linhas vocais empolgantes.
O encerramento com Death on
Strike aponta caminhos mais pesados com uma linha quase épica de guitarras, que
são irresistíveis.
Pensa que acabou? A produção de
Thiago Larenttes (Andragonia) soube manter o clima “selvagem” sem soar sujo ou
embolado, o que permitiu que todos os detalhes do som sejam devidamente ouvidos
e analisados!
Talvez o único defeito de Human
Decay seja o fato do mesmo ser um EP.
A rapaziada já mostrou o poder de
fogo, agora é juntar forças e aprontar um CD caprichado para impressionar nós
headbangers!
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