25 de julho de 2013

METAL TOTAL 32: PARA ENTRAR NA HISTÓRIA DO ABC

“Evento com as bandas Violator, Woslom, Breakout, Cranial Crusher contou com casa cheia e bangers insanos”

Texto e fotos: João Messias Jr.

Cranial Crusher
Foto: João Messias Jr.
Não é pecado dizer que é possível SIM ter a realização de shows com bandas nacionais em que tenha casa cheia, cast matador e o mais importante: bangers felizes e satisfeitos.

Pois tudo isso aconteceu no Metal Total 32, realizado no último sábado (20), no Princípios Bar, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

A festa que teve como headliners os brasilienses do Violator, contou com um cast de respeito: Woslom, que colhe os frutos do excelente álbum Evolustruction, além de Breakout e Cranial Crusher.

E foi o Cranial Crusher, às 17h45 quem deu início à festa. Já com um bom público, a banda formada por Renan Stoiani (voz e baixo), Lucas Aímola (guitarra/voz) e Guilherme Souza (bateria) pratica um thrash crú e rápido, que nos remetem aos grupos que a Woodstock lançou nos anos 80, além de algumas passagens punk que beiram o crossover em alguns momentos.

O show teve como destaques as faixas A Queda, My Lai, além de uma descontraída versão para Sofrer (Ratos de Porão). Esse cover contou com convidados, dentre eles Marcelo, guitarrista da banda Cerberus Attack, grupo com quem a banda estará lançando um split em breve.

Ao final do show, o vocalista citou a importância do Violator, que segundo ele, se não fosse o grupo de Brasília, provavelmente a Cranial Crusher não existiria.

Pausa para o metal tradicional

Breakout
Foto: João Messias Jr.
A segunda banda o quarteto Breakout foi uma grata surpresa, ao começar da bela vocalista, Maíra Oliveira, que foi um colírio para os olhares masculinos. Junto com seus asseclas Fabs (guitarra), Carlos Butler (baixo) e Lucas Borges (bateria) praticam um heavy metal com base nos anos 80, mas com a aura do rock and roll, fugindo do esquema “true”.

A performance do grupo também nos remete para este período. Os músicos fazem uma espécie de coreografias individuais, o que pode causar estranheza para quem não conhece essa época. Só que a banda é boa e merece ser ouvida, como foi comprovado em sons como Schizophrenia, Don’t Call the Luck e uma versão inspirada para Breaker (Accept).

Atenciosos e possuídos

Essas palavras podem definir o pessoal do Woslom. Ninguém duvida que Silvano Aguilera (voz e guitarra), Rafael Iak (guitarra), Francisco Stanich Jr. (baixo) e Fernando Oster (bateria) são pessoas atenciosas quando estão com os fãs, mas quando os caras sobem ao palco, comandam o caos.

Woslom
Foto: João Messias Jr.
Donos de uma performance cheia de energia, a banda mostrou o porquê do sucesso conquistado com seus dois trabalhos Time to Rise e o recém lançado Evolustruction, que tem tudo para ser lembrado como um dos clássicos do metal nacional.

Beyond Inferno deu início ao massacre, onde as primeiras rodas foram formadas, em que era possível ver a satisfação de cada um dos presentes em estar num evento desse porte. O novo álbum foi lembrado com Haunted by the Past (com backings contagiantes) e Pray to Kill, que curiosamente após seu final a banda deu uma pausa para saborear uma caipirinha.

Breathless (Justice’s Fall) teve o primeiro mosh da noite e a banda não deixou a peteca cair, encerrando o show com Time to Rise e Mortal Effect.

É nítido que os caras sentem prazer ao executarem cada uma das canções e esse clima reflete no público, que só resta responder com rodas e moshes. A apresentação foi tão quente que durante algumas músicas saiu fumaça de uma das caixas de som.

Depois da fumaça...

Violator
Foto: João Messias Jr.
A apresentação do Woslom deixou todos extasiados e coube ao Violator incendiar de vez o Princípios. E foi o que Poney (voz/baixo), Cambito e Capaça (guitarras) e Batera (bateria) fizeram. Com onze anos de vida, CDs e EPs na bagagem e um som baseado no thrash/crossover, os brasilienses fizeram os bangers perderem o controle, que  ora bangeavam, ora partiam  para o mosh.

Vale citar que por duas vezes problemas no baixo de Poney não queriam dar início ao show, mas depois dos ajustes na correia e na corda do baixo, Ordered to Thrash, do álbum Chemical Assault transformou a casa num inferno, graças à energia emanada dos caras. Vale lembrar que devido ao pogo, diversos problemas técnicos ocorreram durante a apresentação, mas se tratando de um show do estilo, é algo normal e compreensível.

Outro ponto interessante da apresentação foram os discursos de Poney, em que desaprovou a idolatria sobre as bandas e que público e banda é uma coisa só e que o palco era dos bangers. A partir daí, vários fãs subiram ao palco para cantar e pular aos sons da banda.

Violator
Foto: João Messias Jr.
Promovendo o recém-lançado Scenários of Brutality, o quarteto mandou do novo disco as faixas Echoes of Silence e Endless Tyrannies que embora não tenham mudado a essência musical da banda, mostrou músicos mais maduros.

Deadly Sadistic Experiments, Brainwash Possession e Destined to Die foram outros sons que enlouqueceram o público. Uma pena que UxFxCx (United for Thrash) deu números finais ao show, nesse som havia tanta gente no palco que só ouvia a banda.

Uma noite que ficou na história dos presentes. Agradeço a todos (bandas, organização, imprensa e bangers) pela festa maravilhosa que mostraram que é possível SIM termos shows nacionais com casa cheia e bangers felizes. Há de se citar também que a festa acabou às 22h, o que possibilitou com que todos pudessem voltar para casa ou curtir o resto da noite tranquilamente.

Um comentário:

Anônimo disse...

NOS DO PRINCIPIOS BAR FICAMOS MUITO AGRADECIDOS A TODOS QUE CHEGARAM E ARREPIARAM ... , " NÃO ESTAMOS AQUI PARA COMPETIR ... APENAS ABRIMOS ESPAÇO PARA ESTA GALERA QUE ESTAVA SEM MUITAS OPÇOES EM SBC ...E A PARCERIA COM O TIAGO CLARO ,NOS DEIXOU BVEM A VONTADE , POIS O CARA MANDA BEM ... NA PRODUÇÃO ...

QUE VENHAM MAIS .... GIL PRINCIPIOS

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...