Assim começa a nossa entrevista com o quarteto maranhense JackDevil. Da
mesma forma que seu som, o quarteto formado por André Nadler (voz e guitarra),
Ric Andrade (guitarra), Renato Speedwolf (baixo) e Filipe Stress (bateria) partiu
para um giro de shows na capital paulista com o intuito de divulgar o som.
Nessa entrevista, a banda comenta o saldo final dessa tour, a cena do
Maranhão, MOA e muito mais.
Confiram!
Texto: João Messias Jr.
Fotos: Divulgação
![]() |
JackDevil Divulgação |
JackDevil: Foi excelente! Não tínhamos noção do quanto nossa banda
era popular em São Paulo. Durante os shows sentimos a energia do público
cantando e participando, fazendo o show junto com a banda. Logo de cara já
recebemos diversos convites para regressar. Fizemos grandes amigos.
NHZ: São Paulo tem alguns lugares que chamam a atenção de qualquer
banger do mundo, como a Galeria do Rock e as casas de shows que rolam as bandas
gringas. Chegaram a visitar alguns desses pontos? O que acharam?
JD: Quando se viaja em turnê não se tem a oportunidade de conhecer
quase nada, pois o tempo está sempre contado e geralmente nós dormimos bem
pouco. Porém desta vez conseguimos conhecer a Galeria e demos um giro pela
cidade de São Paulo. Porra, cidade do caralho.
NHZ: Agora conte-nos sobre a repercussão do novo trabalho, o EP “Faster
than Evil”.
JD: O Faster é o trabalho atual da banda. Já está correndo a
notícia de que vamos lançar nosso debut no começo do ano que vem, porém ainda
estamos trabalhando na divulgação do Faster Than Evil, e isto permanecerá até o
final deste ano de 2013. Já dissemos em muitas entrevistas do quanto gostamos
deste EP e de sua importância para a Jackdevil. Tanto isso é verdade que
estamos concluindo a edição do videoclipe da música Flashlights.
NHZ: A banda é do Maranhão, conhecido como a terra do reggae. Mas, o
estado tem gerado ao mundo grandes nomes
no rock/metal como Madame Caos, Gallo Azhuu, além de vocês. Além dos grupos,
contem um pouco da cena: shows, público, sites, blogs.
JD: Um fato curioso sobre a cena maranhense é que apesar de ser
conhecida como a terra do reggae, sempre existiram mais bandas de Metal! A
Gallo Azhuu é uma banda formidável e tem todo merecimento pelo reconhecimento
adquirido. A Royal Dogs, Tanatron e Fúria Louca são bandas que, ao meu ver,
estão entre as melhores do Brasil e com este esquadrão de novas bandas eu
concordo plenamente com o que o Tiago Guinevere ( baixista da Fúria Louca)
costuma dizer: “ O Maranhão será um grande pólo do Heavy Metal”.
NHZ: Mas, além da música, o estado ficou marcado por causa do Metal
Open Air, que infelizmente manchou a história dos festivais por aqui, por causa
da desorganização e do cancelamento de diversas bandas. O que pensam sobre isso
e se o estado possui condições para organizar um festival desse porte?
JD: Nós não gostamos de falar sobre o MOA. Não estávamos na
organização e não temos nenhuma informação especial além das que foram
veiculadas na mídia. O que posso falar é que tudo foi visto por uma ótica
sensacionalista e eu acredito na possibilidade de um novo evento deste porte
aqui em São Luís do Maranhão.
![]() |
Faster than Evil Divulgação |
JD: Boa a pergunta. Estamos pensando na possibilidade de
relançamento do Faster Than Evil com nova capa e talvez músicas bônus. Muita
gente não sabe, mas nós “jogamos fora” músicas pra poder gravar somente as
cinco que entraram no EP. Porém, numa visão mais madura, percebemos que estas
músicas são legais e fomos muito duros ao colocá-las de lado. Vamos gravá-las
especialmente para integrar a nova versão do EP.
NHZ: Falando em vinil, o que pensam sobre o interesse do público por
trabalhos deste formato?
JD: É notório que este formato vem tendo uma ascensão e hoje já tem
seu espaço garantido em lojas e segmentos especializados. O fã de Heavy Metal
mantém seu gosto peculiar por colecionar vinís e não demorará até nossa banda
lançar neste formato. Outra novidade é que o Faster Tah Evil será lançado em
fita na Grécia, provando que este resgate aos formatos antigos é uma realidade
do mercado musical.
NHZ: Esse lado “vintage”, também é evidenciado no som, que possui
muitas influências oitentistas, em especial do speed/heavy/thrash. Vocês
conseguem explicar o porquê dessas referências e o que pensam sobre grupos que
praticam um som mais moderno?
JD: Na real, fazemos o que gostamos. Nossa concepção de como a
Jackdevil deve soar é desta maneira. Quem quiser fazer um som modernão, que o
faça. O Público está curtindo e nós mais ainda. Vamos continuar assim, pois não
devemos nada a ninguém e temos total controle sobre o direcionamento que nossa
banda irá tomar.
NHZ: Músicas como Scream for Me e Bastards in the Guillotine são os
destaques da bolachinha, e passam a impressão que foram feitas para serem
executadas ao vivo. Como as pessoas reagem a esses sons nos shows?
JD: Bastards é o ponto alto do nosso show! A música é introduzida
pelo solo do contrabaixo e causa toda uma expectativa no momento da execução ao
vivo. Já a repercussão de Scream For Me
foi uma surpresa para a banda. Nós a compomos sem nenhuma expectativa,
queríamos apenas soar como o Motörhead e acabou que ela se tornou uma das mais
pedidas em rádios e nos shows!
![]() |
JackDevil Divulgação |
JD: O processo de composição da Jackdevil é livre. Nós não nos
vemos como uma banda técnica. Na verdade a gente ri bastante das bandas que
querem soar com preciosismo instrumental e tudo mais. Outra, também não nos
vemos como músicos e não nos adequamos a essa vida de estudos musicais. Tocamos
Heavy Metal e pronto. O trabalho que fazemos é de entusiasmar as pessoas mais
jovens para formar bandas de Metal, tocar mesmo, comprar seu instrumento e
aceitar o desafio de ter uma banda. Queremos formar os guerreiros que vão
segurar a cena quando estivermos velhos! Isso sim faz todo sentido pra gente.
Eu e o Ric já estudamos música e desistimos por ser muito chato.
NHZ: Muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores
do NEW HORIZONS ZINE.
JD: Entrem em
contato com a gente pelo Facebook e troquem uma ideia, sempre estamos dispostos
a dar toda atenção que as pessoas merecem. È isso ae, obrigado pelo espaço e
desculpa se algum palavrão ficou após a correção!
Nenhum comentário:
Postar um comentário