Por
João Messias Jr.
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Rise Divulgação |
Em
2012, vi numa edição da Revista Roadie Crew,
uma resenha pra lá de positiva sobre o quinteto paulista UnblackPulse. Senti-me
no dever de checar e não é novidade pra ninguém que curti pra caramba o som e
tinha a certeza que em pouco tempo algum selo ou gravadora assinaria pois a
banda tem um som que passeia por diversas tendências do rock/metal, com muita
energia e qualidade tipo exportação.
Um
ano se passou e o quinteto formado por Henrique Gordilho (voz e guitarra),
Nicolas Aqsensen (guitarra), Devis Santana (baixo), Caio Gaona (bateria) e Tato
Quilici (percussão) lançou a alguns meses apenas de forma virtual seu primeiro
trabalho, chamado Rise, infelizmente de forma independente.
Ouvindo
as músicas do trabalho, penso na seguinte questão: “Porque ninguém se
interessou em lançar a banda?”, pois o material como disse no primeiro
parágrafo é feito para estourar aqui e lá fora. E essa confirmação vem logo nos
primeiros riffs de Get Over, que abre o álbum, que é dona de grooves que não
deixa ninguém parado. Interessante que o som é apesar de cheio de detalhes,
camadas e texturas tem tudo dosado e na medida certa, desde os elementos
percussivos, a “massa das cordas de guitarras e baixo” e os vocais.
A voz, podemos dizer que são especiais,
pois fazem vir na memória caras legais como Rob Zombie (ex-White Zombie e hoje
cantor solo) e James Heitfield (Metallica), como podemos ouvir em Bodies. Outra
performance que merece ser citada é a do baterista Caio, pois o músico possui uma atuação segura sem apelar para os alardes baterísticos e mostra como se impor.
More
than Me se destaca pelas guitarras. Já Trash e Blood Down são especiais, pois com o
jeitão da banda, soam como trilhas de strip tease, o que é bem legal aqui. Over
My Faith e One More Day são perfeitas para os palcos, pois são cheias de
energia. Ainda para este que escreve essas linhas a melhor é Bitter Taste, que
em relação ao EP está mais densa e melhor. Essa canção é uma espécie de cartão
de visitas da banda, pois se alguém quiser conhecer um som para saber qual é a
dos caras, eu recomendo esse.
Fico na torcida para que esse trabalho tenha a merecida versão física, mesmo que de forma independente. Muito injusto ter um disco como Rise restrito "nas nuvens".
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