“Evento contou com as bandas Subversilvas, Terminal Illusion, Depressed e Arthanus"
Texto e fotos: João Messias Jr.
Depressed João Messias Jr. |
O último domingo (11), além de
celebrar o dia dos pais, foi data de diversos shows pelo ABC e capital como
Possessed, O Surto e All that Remains. Só que isso não foi motivo para os fãs de death
metal e outras vertentes extremas deixarem de comparecer em mais uma edição do Domingo Ao
Extremo.
O evento, organizado por um dos pilares da música extrema do ABC, Eduardo Vieira (ex-Abside), foi realizado no Cidadão do Mundo,em São
Caetano e recebeu quatro nomes de respeito: Subversilvas,
Terminal Illusion, Depressed e Arthanus, que fez sua estréia nos
palcos.
O evento, organizado por um dos pilares da música extrema do ABC, Eduardo Vieira (ex-Abside), foi realizado no Cidadão do Mundo,
O espaço
Numa primeira vista
parece uma casa “normal”, mas quando você entra se surpreende, pois é aquele
espaço pequeno, bonito e organizado. O local possui isolamento acústico e uma
estrutura para umas 100/150 pessoas, além de um terraço na parte de cima com um
telão, onde é possível ver as apresentações.
Politicamente Conscientes
Subversilvas João Messias Jr. |
Já passavam das 18h quando o Subversilvas começou sua apresentação.
O trio formado por Thiago Morello (voz e baixo), Harold Murillo (guitarra) e Fellipe
Morello (bateria) pratica um crossover de hardcore, grindcore e thrash , que
privilegia o peso, com destaque para os vocais bem encaixados e o ótimo trampo
de guitarra. Além do som, a banda possui letras conscientes que não caem na
politicagem explícita.
A banda possui ótimos músicos,
que assim, fogem do óbvio e pois conseguem
encaixar uns grooves que chamam a atenção. Nessas passagens os vocais lembram
Rob Zombie (White Zombie), enquanto nas músicas mais tradicionais ficam entre
Barney (Napalm Death) e Mille (Kreator). As canções de destaque do show foram
Brasil. Contra-fluxo e Sentença, que encerrou o show.
Retorno triunfal
Terminal Illusion João Messias Jr. |
Depois de um período inativos, o Terminal Illusion, por meio de suas
apresentações mostra que não pode ficar de fora da cena, pois musicalmente tem
tudo para estarem entre os grandes nomes do death metal. Os remanescentes
Marcos Cerutti (voz e guitarra) e Rafael Fonseca (guitarra) agora contam com os
reforços de peso Helio Patrizzi (baixo) e Enrico Ozio (bateria), ambos do
Bywar.
Os caras mesclam com sabedoria
death, thrash que unidos aos vocais gritados/esganiçados mostram um música
forte, intensa, técnica e agressiva, o que pode ser comprovado em sons como
Assemble the Pain, Terminal Illusion (com lindas passagens do metal tradicional) e A Fine Day to Fight.
Será um desperdício de talento se
os caras não conseguirem lançar um bom material!
Reverendo do death metal
A terceira
banda da noite, o Depressed mostrou
o peso do death metal tradicional. Calcado em grupos como Sinister, Deicide e
Morbid Angel,o quinteto formado por Giovani Venttura (voz), Rodrigo Jardim e
Rodrigo Amorim (guitarras), a bela Stella Ribeiro (baixo) e o baterista temporário Rene
Simionatto (Guillotine) fez uma reverência ao metal da morte em sons como Afterlife In Darkness, Paradoxical Warcult e Reborn in Hellfire. A
banda é muito boa ao vivo, mas Giovani, com seu estilo “reverendo death/black”
rouba a cena, seja cem sua postura intimidadora ou em sons como Stormblood que começa como um doom e
depois ganha contornos mais cadenciados. Outro destaque foi The Putrid Legacy
of Humanity, que o frontman dedicou aos evangélicos. Agony from a Dark Past deu
números finais ao show, que deu a impressão de ter passado voando.
Nome Promissor
Arthanus João Messias Jr. |
Já se passava das 21h15 quando o Arthanus subiu ao
palco. A banda, formada em 2010 por Thiago Ap.(voz, ex-Decried), Wotan Pegin
(guitarra, ex-Hate for Revenge), Fellipe Magri (guitarra), Bruno Abbate (baixo,
Decried) e Rogério Luque (bateria, Midnightmare) fez seu primeiro show, que
indicou ser o primeiro de muitos.
Com um som que
mescla death, doom, black e as harmonias sofisticadas do metal tradicional, o
quinteto não deve nada à grupos como Amon Amarth, pois são seguros e fazem um
som forte e intenso, cujas guitarras formam uma parede sonora de peso, como
pudemos ouvir em Asgard
Palace , Ode to my Enemies e Legion of Gods, que fazem parte
de seu primeiro EP, que estava sendo lançado junto com seu hidromel.
O baterista Rogério mostrou uma grande evolução ao longo
dos anos, com suas batidas mais cadenciadas, além do vocalista Thiago se sair
muito bem nos vocais, tanto nos berros como nos guturais, dando variedade ao
som. As vozes também recebem o auxílio dos guitarristas, o que passa mais força ao
som. Infelizmente
Ferrir the Giant Wolf, com seus vocais emitindo uivos de lobos e gritos de
guerra deu números finais a sua apresentação, que pelo nível apresentado, vai
conquistar muitos fãs no país e fora dele... em pouco tempo!
No geral
O Domingo Ao
Extremo teve uma organização impecável, bom público, bandas de qualidade, e o
primordial, sem atrasos, o que preocupar com o horário dos coletivos.
Parabéns para
todos os envolvidos e foi uma honra ter feito parte disso!
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