Quarteto paulista
promoveu pocket show de lançamento de seu mais recente trabalho, In Love with
Hatred, que contou com participações especiais e gravação de vídeo clipe
Texto
e fotos: João Messias Jr.
Genocídio João Messias Jr. |
Após
se reunirem e lançarem o DVD Probations Live em 2006, o Genocídio não parou e
tampouco se acomodou musicalmente e criativamente. Acostumados com percalços em
sua carreira, os remanescentes Murillo (guitarra e voz) e Wanderley Perna
(baixo) desde esse retorno lançaram dois trabalhos: The Clan e o recém-lançado
In Love with Hatred, que tem tudo para levar a banda a lugares jamais
imaginados, graças ao equilíbrio perfeito de melodias, climas soturnos e
agressividade.
Para aqueles que não conhecem o som do quarteto, eles começaram
inspirados em grupos como Venom, Bathory e Hellhammer. Mas, com o passar dos
anos, foram agregando novas influências/referências no gothic rock (antes de
virar moda) e no doom.
Genocídio João Messias Jr. |
Para
promover o novo trabalho, a banda organizou um pocket show gratuito no Espaço
Som para 100 pessoas (ou felizardos) que confirmassem presença via facebook e o
que foi visto neste último sábado foi casa cheia e muitos fãs do grupo, que
desde o final dos anos 80 brinda os fãs de metal com música boa.
Esta
apresentação teve o último trabalho executado na íntegra, participações de Manu
Henriques (Uganga, ex-Sarcófago) e Vitor Rodrigues (Voodoopriest), além da
gravação do clipe de Come to the Sabbath (Mercyful Fate).
Inicialmente
previsto para ás 16h, a apresentação teve início quase uma hora depois, mas
isso não foi problema. Após a intro Birth of Chaos, Murillo, Perna e os “novatos”
Rafael Orsi (guitarra e backing vocals) e João Gobo (bateria) mandaram as
agressivas Kill Brazil (primeiro single) e Reverse. Mas é a faixa-título, cheia
de climas góticos e uma ambiência doom é que mostram a verdadeira faceta da
banda.
Algo
inusitado e participações especiais
Genocídio João Messias Jr. |
Chegou
o momento da primeira participação do dia. Manu Henriques, subiu ao palco e juntos levaram I Deny, ou
melhor, tentaram.
Devido a um problema de energia a música teve de ser
reiniciada e nessa hora dos problemas houve quem disse “Juntar Genocídio e
Sarcófago no palco daria nisso”.
Problemas sanados, a canção faz um contraste
interessante das vozes e o clima que curiosamente nos remete a Nightmare e
Midnight Queen (Sarcófago).
O
clima melancólico permaneceu em Till Death do Us Part, mas por pouco tempo, já
que a porradaria retornou em Inner Aflictive Scare. Unseen Death, com Vitor
Rodrigues ao palco, possui uma outra vibe, com muito mais peso, instrumental
encorpado e podemos defini-la como um holocausto sonoro.
Gravação
e gran finale
Genocidio e Vitor Rodrigues João Messias Jr. |
Come
to the Sabbath foi um momento interessante do show, pois a canção foi gravada
para um lançamento em vídeo e nem precisa dizer que todo mundo bangeou para
ficar bonito na foto. Passion and Pride é uma canção muito especial, pois fala
dos mais de 25 anos da banda, desde as coisas boas e ruins que aconteceram com
o Genocício.
Infelizmente
White Room Red, cuja versão de estúdio contou com a Sphaera Rock Orchestra era
o sinal que a festa estava chegando ao fim. Apesar de alguns problemas com os samplers, que fizeram
ela ser reiniciada algumas vezes, podemos dizer que essa é uma das melhores
canções da história da banda, graças ao clima melancólico e soturno e pelas
passagens melódicas, para deixar todo fã de música pesada orgulhoso.
Uma
apresentação para ficar na mente por muitos anos e agora é torcer para que esse
trabalho eleve ainda mais o nome da banda, que sempre fez por merecer, mas por
alguns motivos imponderáveis nunca esteviveram no topo da música pesada nacional.
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