Documentário feitos por
estudantes de jornalismo mostra presente, passado e futuro do estilo
Por
João Messias Jr.
Metal SP Divulgação |
Nas
resenhas que faço, seja de CD, show ou mesmo em entrevistas, em alguns destes
textos indago sobre o futuro do estilo, quando as pessoas que fazem algo hoje
por algum motivo não o fizerem mais, pois apesar de hoje haver muita gente que
faz das tripas e coração para que a cena caminhe, é uma incógnita saber o
futuro do mesmo, ainda mais por causa da falta de público em shows nacionais e
a enxurrada de shows das bandas vindas do exterior.
Mas
quando aparecem sopros de renovação, esse cara que rabisca essas linhas dá
pulos de alegria. Afinal se trata do estilo que gosto e isso reflete até no
estilo de vida e no visual, portanto, nada mais justo. Falando sério agora, os
estudantes de jornalismo da FAPCOM resolveram fazer um documentário que
retratasse a cena de São Paulo em seu presente, passado e o futuro. Com o
título Metal SP, os caras conseguem em quase 25 minutos sintetizar isso de
forma homogênea, sem se prender a determinado período da história metálica no
estado.
O
documentário conta com a participação de jornalistas e críticos especializados
em rock como Ricardo Batalha (Roadie Crew), Carlos Chiaroni (Animal Records), Regis
Tadeu, Julio Feriato (Heavy Nation), além de músicos como Fernanda Lira
(Nervosa), Bruno Sutter (Massacration), Edu Falaschi (Almah), que em suas
falas, comentam da cena, citam bandas que podem despontar, casas de shows, estrutura
para bandas, ou seja, boa parte das dúvidas dos fãs de música pesada aparecem
aqui.
Acredito
que a trupe formada por Afonso Rodrigues, Flávio Camargo e Rodrigo Paneguine
não deveriam parar no Metal SP e poderiam partir para outros projetos mais
ousados, pois mesmo com o curto tempo (afinal, um documentário para TCC tem um
tempo restrito), pois são jovens e demonstram muito mais conhecimento do que
muitos trues que se julgam donos do movimento.
E
que apareçam mais pessoas escrevendo, produzindo, tocando ou indo aos shows,
pois o heavy metal para ser grande, não precisa estar na mídia mainstream e
muito menos depender da vinda de grupos como Metallica ou Iron Maiden. O lance
deve ser feito de baixo para cima, com formação e informação.
O
documentário pode ser visto no link abaixo:
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