São onze anos de
estrada, dois CDs demos, uma coletânea e um álbum oficial auto-intitulado lançado em 2013, essa
é a trajetóriado Bioface. Do ABC
paulista, o quarteto formado por Régis Carbéx (voz), Marcelo Antônio
(guitarra), Marco Aurélio Chileno (baixo) e Maikon Queiroz (bateria) chama a
atenção pela mescla de thrash metal com hardcore, com arranjos simples e bem
sacados e vocalizações que não pendem para a gritaria explícita. Nessa
entrevista feita com a banda, eles nos falam um pouco da cena aqui no ABC,
repercussão do trabalho e planos futuros.
Por João Messias Jr.
Fotos: Divulgação (Capa) e Pri Secco (banda)
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Bioface Pri Secco |
NEW HORIZONS ZINE: Como
está a repercussão e divulgação do primeiro álbum da banda?
Bioface:
A repercussão do CD tem sido muito boa. Tivermos boas notas nos diversos sites
especializados que avaliaram o nosso trabalho e recebemos muitos elogios de
quem ouviu o álbum ou assistiu o clipe da musica “Corrosão”.
NHZ: A banda optou por
lança-lo de maneira independente. Quais os prós e contras de lançarem nessa
forma e o que estão achando da experiência?
Bioface:
A vantagem de lançar um trabalho independente é não ficar preso a “modas” que ás
vezes as gravadoras impõem, devido a influencia de alguma banda que esteja
fazendo sucesso e também, ficamos livres para nos expressar como realmente
queremos. O lado negativo é que a distribuição, divulgação e a veiculação na
mídia acaba sendo prejudicada, por não termos os mesmo recursos financeiros
para fazer um investimento semelhante ao das gravadoras.
NHZ: Além do disco em
si, a banda está promovendo o vídeo da música Corrosão. Como estão os acessos e
o que esse tipo de ferramenta ajuda na promoção da banda?
Bioface: Desde
o primeiro dia a quantidade de acessos superou as nossas expectativas. Vimos
nas redes sociais muitos compartilhamentos do vídeo seguido de várias curtidas.
Nos dias atuais a internet se tornou uma mídia alternativa de alto contato com
o público alvo e muito mais barato que a mídia tradicional, devido a isso,
ajuda á aliviar nas dificuldades da divulgação de um CD independente.
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Bioface Divulgação |
NHZ: Interessante é que
o trabalho contou com a participação de músicos de renome da cena, como Marcelo
D'Castro (Necromancia), Sammliz Samm (Madame Saatan), André Alves (Statues of
Fire) e Gepeto (Ação Direta). Como pintou a oportunidade e o que acharam do
resultado final?
Bioface: Desde
o inicio do projeto, tínhamos em mente chamar alguns músicos que fizessem parte
do cenário e que já tivessem dividido o palco conosco. Convidamos um por um e
todos prontamente toparam. O resultado foi muito bom, pois cada um contribuiu
com um pouco da cara da sua banda e o CD ficou com uma sonoridade muito legal.
NHZ: A banda participou
de eventos importantes como as edições de metal do aniversário de São Bernardo em 2013 e a recente edição do Rock in Rua, em janeiro deste ano. Estes são festivais realizados pelas
prefeituras, que oferecem grande estrutura e não cobram ingresso para a
população. Para vocês, qual a importância desse tipo de show, tanto para a
banda como para o público.
Bioface: Podemos dizer que os eventos
realizados pelas prefeituras de São Bernardo do Campo e Santo André são
importantes para a sobrevivência do cenário musical. Ela leva gratuitamente
shows de músicos consagrados para localidades que o público raramente poderia
ver ou pagar pelo show e ao mesmo tempo promove novas bandas que ainda estão
buscando seu espaço. Desta forma, todos saem ganhando.
NHZ: Ainda falando
sobre shows, infelizmente, salvo raras exceções, a maioria dos eventos destinados
a música autoral contam com pouco público, que preferem prestigiar bandas cover
ou investir o dinheiro em apresentações de grupos internacionais. O que pensam
disso e se há alguma medida para combater esse problema?
Bioface: É
uma situação complicada, pode-se dizer que é um conflito de interesses. De um
lado temos o produtor musical, que tende a buscar atrações que dê retorno garantido. Por outro lado, temos
bandas que buscam o seu espaço e no meio o público que é livre para assistir o
que quiser. Pensamos que a solução ideal
seria a mescla destes interesses com shows de bandas cover junto com bandas
independentes e bandas internacionais com bandas nacionais. Mas a realidade não
é bem assim, temos espaços que só permitem banda cover, mas que não repassam um
centavo ao ECAD (órgão responsável pelo repasse dos diretos autorais aos
artistas que possuem tem os diretos sobre as musicas executadas e temos alguns
produtores de shows que só colocam bandas nacionais para abrir os shows de
bandas gringas mediante o pagamento de
valores, muitas vezes salgados.
NHZ: Para encerrar, a
banda vem tocando uma música inédita, chamada En Theos. Baseado nessa música,
podemos esperar um novo lançamento do Bioface neste ano?
Bioface: A
En Theos foi a nossa 1º composição para o nosso novo CD e nela buscamos
incorporar novos elementos em nossa música. Estamos fazendo sons mais trampados
e com bastante energia. Na En Theos procuramos adicionar um pouco de suspense
neste musica.
NHZ: Muito obrigado
pela entrevista, deixem uma mensagem aos leitores desta publicação?
Bioface:
Nós que agradecemos pela oportunidade. Quem quiser conhecer melhor o Bioface,
podem visitar o nosso site ou entrar no perfil da banda nas redes sociais.
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