Vocalista
que ficou conhecido por seus trabalhos com as bandas Nevermore e Sanctuary
encantou fãs com duas horas de show, em que abrangeu músicas de praticamente toda sua
carreira
Texto e fotos: João Messias Jr.
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Fã com Warrel Dane durante Meet and Greet João Messias Jr. |
Os
fãs de Sanctuary que me perdõem, pois apesar de discos como Refuge Denied e
Into the Mirror Black serem cultuados pelos fãs mais ardorosos de metal, foi
com o Nevermore que Warrel Dane entrou para a história do estilo. Apesar da
semente do que seria o Nevermore estar nos discos citados, quando Warren se
juntou com Jeff Loomis, Jim Sheepard e Van Williams que a sonoridade foi desenvolvida. Com passagens
mais densas, melancólicas e absurdamente pesadas, os caras ganharam muito mais
que os fãs de seu antigo grupo, agregaram fãs de vertentes mais extremas do
metal.
Após
algumas visitas memoráveis ao país com o Nevermore, no mês de abril o vocalista
aportou no país para uma nova visita. Com o sugestivo título de “An Evening
With Warrel Dane”, a tour, que abrangeu os estados de Rio, Minas, Paraná e São
Paulo (capital e interior) teve algumas particularidades em relação aos músicos
que acompanharam o cantor. A banda foi formada por músicos brasileiros, que
apesar dos estilos diferentes, caíram como uma luva para os shows. Coube a
missão aos guitarristas Thiago Oliveira (Seventh Seal), Johnny Moraes
(Hevilan), o baixista Fabio Carito (Shadowside) e o baterista Marcus Dotta
(Skin Culture), todos competentes para uma missão até certo ponto ingrata, pois
algumas composições (em especial as do Nevermore) são bem complicadas.
Leandro Caçoilo Seventh Seal João Messias Jr. |
Antes
do show de encerramento da tour, dias antes o músico realizou um meet and greet
no ABC, no bar A Gruta, que contou com um bom número de presentes, que puderam
autografar os CDs e tirar fotos com o músico, que sempre bem as pessoas,
tirando quantas fotos fosse preciso . Além deste encontro com os fãs, o músico
fez uma visita surpresa no Princípios Bar em São Bernardo do Campo.
E
a apresentação “saideira” aconteceu no dia 20 de abril, no Hangar 110. Que me
surpreendeu por estava lotado (com muitas
pessoas do ABC inclusive) e que por isso gerou uma demora na entrada de público
e imprensa. Por isso, acabei por perder boa parte da apresentação do Seventh
Seal, que teve uma excelente recepção dos presentes. Leandro Caçoilo (voz),
Tiago Claro (guitarra), Thiago Oliveira (guitarra), Gustavo Marabiza (baixo,
Necromesis) e Jak Ferrante (bateria) privilegiaram o lançamento do terceiro
álbum, Mechanical Souls, das quais foram executadas Back to the Game,
Mechanical Souls e Dark Chant, que contou com o primeiro mosh da noite. Seventh
Seal e Stand Up and Shout (Dio) foram outras que alegraram (e muito) os
presentes.
Com
vocês...
Warrel Dane João Messias Jr. |
Já
eram quase 21h quando Warrel (que trajava a camisa do Sepultura) e sua “brazilian band” adentraram ao palco. When we Pray, de seu álbum solo Praises to the War
Machine, de 2008 deu início a festa, que sem preciso pedir, estava com TODOS os
presentes cantando e gritando loucamente. O groove de The Day the Rats Went to
War manteve à insanidade em alta. Apesar do impacto das primeiras faixas e do
volume baixo dos microfones, Narcosynthesis, de Dead Heart in a Dead World foi
um dos maiores instantes de comoção, pois era possível ver muitos fãs aos
prantos, parecendo não acreditar no que estava acontecendo naquele domingo.
Alguns
devem estar perguntando da banda formada pelos brasileiros. Bem, os caras se saíram
muito bem, mesmo com algumas falhas nos microfones dos backings (e de Warrel
também) a banda cumpriu a missão, principalmente o baixista Fabio Carito e
o guitarrista Thiago Oliveira, que
realmente se divertiram em cima do palco, quebrando aquela imagem dos músicos
que executam sons mais técnicos devem ficar estáticos.
Thiago Oliveira João Messias Jr. |
Voltando
ao show, Poison God Machine, de Dreaming Neon Black mostrou a densidade do
vocal de Warrel, assim como My Acid Words. Apesar de historicamente o Nevermore
ter obtido mais êxito, haviam muitos fãs do Sanctuary, que foram premiados com
Seasons of Destruction e Soldiers of Steel. Interessante perceber, que apesar
de mais voltado ao metal tradicional, o embrião do Nevermore estava ali. Claro,
que aperfeiçoado e lapidado com o passar dos anos.
Mas
tinha mais...a balada lenta e pesada Brother dona de ritmo hipnótico foi a
abertura para o primeiro especial da noite: contou com o primeiro convidado especial da
noite: o baterista Daniel Erlandsson (Arch Enemy) e mandaram The Heart
Collector. Next In Line, de Politics of Ecstasy foi emendada com Enemies of
Reality e dessa forma encerrou a primeira parte do show.
Um
bis mais que especial
Warrel Dane João Messias Jr. |
Era a hora do bis, que teve início com Dreaming Neon Black, que contou com a participação
da vocalista Juliana Rossi (Sattva Rock). Apesar do microfone da cantora estar
mais baixo, a moça deu conta do recado. Mais duas dos tempos de Sanctuary, Taste
Revenge, assim como Future Tense, colocaram o Hangar abaixo, assim como o
encerramento com Dead Heart In a Dead World, que encerrou de forma quase
perfeita essa noite histórica. Quando digo quase, pois apesar do set ter
privilegiado todas as fases do cantor, achei que faltou Believe In Nothing,
além dos problemas já citados sobre os microfones.
Agora
é torcer para que ele retorne ao país, fato que acredito que não demorará a
acontecer, visto que o novo trabalho do Sanctuary já está gravado, então, é
aguardar com calma que esse dia não tardará.
Um comentário:
Noite de autógrafos maravilhosa com essa lenda que fez parte da minha adolescência e até hoje faz parte da minha vida no metal , principalmente com as pessoas mais importantes da minha vida ( claro que faltou gente ai ) . Mas apesar da matéria estar ótima ( como sempre ) , faltou uma fotinho minha ai né João ? KKKKKKKKKKK
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