Trio gaúcho mostra que
o segredo de um bom disco está na simplicidade
Por
João Messias Jr.
Respire Fundo Divulgação |
Há momentos que você enfrenta um dia daqueles, principalmente no trabalho. Chegando em casa, você quer apenas colocar um
bom rock pra relaxar. Coisa simples,
básica e bem feita, com letras que fogem dos assuntos metafísicos, científicos
e apocalípticos, apenas caras que toquem bem e falem coisas palatáveis aos nossos
ouvidos.
Se estiver nessa vibe, uma ótima dica é o EP Respire Fundo, da banda gaúcha
Eletroacordes. O trio formado por Rodrigo Vizzotto (voz e baixo), Fabrício
Costa (voz e guitarra) e Elio Bandeira (bateria) faz um rock and roll simples
com toques das décadas dos 50/60, música pop, melodias grudentas e arranjos de
vozes e guitarra no mínimo soberbos. Quando eu digo simplicidade, não estou
dizendo que os caras se restringem apenas aos três acordes, nada disso, mas que
aqui tudo o que você ouve, é na medida certa e sem exageros.
Quem
foi que Disse!, faixa que abre o CD, possui alguns momentos que chegam perto do reggae. Já
Encare os Fatos esbarra no pop, cujo jogo de vozes e o solo simples cativam o
ouvinte. E aí, um rock and roll grudento a terceira tem uma letra que todo
mundo já viveu, seja sozinho ou com os amigos, isso sem falar em mais um solo
gostoso de ouvir. Mas o melhor ficou para as duas últimas faixas. Respire Fundo
possui um clima melancólico e um refrão grudento que “dá a deixa” para a balada
Deixa Pra Mim, dona de apelo radiofônico, os dois pés no pop, letra intimista e
um piano bem encaixado fecham o EP com chave de ouro, cujo conceito que tentei
explicar nessas linhas tortas está explícito na capa.
Para
aquele dia estressante, eis uma banda perfeita para relaxar e curtir, exceto se
você ainda estiver dentro daquela caixinha chamada radicalismo.
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