Apresentação realizada
no Espaço Som, contou com ótima presença de público e repertório baseado no
último trabalho, Honor
Texto: João Messias Jr.
Fotos: João Messias Jr. e Ana Carla
Panzer João Messias Jr. |
Alegrias,
conquistas, tombos, recesso e redenção. Assim podemos definir a trajetória do grupo
de thrash/stoner Panzer. Já são 23 anos de luta, uma pausa após dois discos e
um retorno digamos, mineirinho, por meio de um single (Rising), um EP
(Brazilian Threat) e o novo álbum, Honor, o Panzer agora dá um grande passo
gravando seu primeiro DVD, realizado no último sábado do mês de abril (26), no
Espaço Som, próximo ao metrô Clínicas, em Sampa, que ultimamente vem sendo uma
ótima opção para os grupos se apresentarem de forma digna.
A
festa, que contou com cerca de 100 convidados (o evento foi gratuito mediante
reserva de lugares) inicialmente previsto para às 19h, teve início 40 minutos
depois com Rafinha Moreira (voz), André Pars (guitarra), Rafael DM (baixo) e Edson
Graseffi (bateria) iniciaram com Speedy, Affliction e Red Days, do álbum The
Strongest, de 2001. Desta trinca, destaque para a segunda, com riffs que (apenas
no começo) lembram The Laws of Scourge (Sarcófago) e a terceira, que é um belo
pé na porta na cara do ouvinte, todas com aquela pegada thrash, com o stoner
aparecendo subliminarmente.
Panzer João Messias Jr. |
Antecedida pela intro The
Morning After, The Last Man of Earth foi a primeira de Honor. Essa,
além de uma das melhores do mais recente trabalho, define muito bem o que é a
banda hoje. Heretic é dona de riffs old school, berros dolorosos e muita
agressividade.
Alguns
podem pensar que por se tratar de uma gravação, os músicos ficariam mais
estáticos e inibidos, mas foi totalmente o contrário que tivemos aqui. O lance
estava tão descontraído que em determinado momento, Rafael DM foi à frente do
palco e arrancou a caneta deste que escreve essas linhas, recuperada pouco
tempo depois.
Em
meio ao peso de Intruders, percebe-se o lado stoner da banda mais aflorado,
assim como em Victim of Choices. Já Rising, a agressividade retorna com estilo
e Savior, assim como em Honor, contou com a participação de Silvano Aguilera
(Woslom), num contraste interessante de vozes. Alma Escancarada, pode enganar
pelo seu começo quase hardcore, mas a mesma ganha contornos variados.
Panzer e público Ana Carla |
Tudo
perfeito certo? Nem tanto. Por ser uma gravação, o público estava muito calmo.
Estava. Até que em Rejected, do debut Rising, a primeira roda da noite enfim se
abriu e se manteve na saideira N.S.A. também do primeiro disco, com DM indo
junto ao povo. Algumas músicas foram repetidas para que tenha bastante material
para a edição, o que foi válido, pois as canções tiveram rodas, o que será muito
mais bonito para o DVD, que além da apresentação, terá como extras depoimentos
de grandes nomes da cena.
Parabéns
Panzer e ao público, que teve a oportunidade de participar de uma festa bacana,
que felizmente foi sem maquiagens e forçadas de barra!
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