19 de novembro de 2014

THE LEPRECHAUN: CONTAGIANDO ALMAS E CORAÇÕES

"Long Road", segundo trabalho de septeto paulista possui energia positiva contagiante, além de ser um convite para dançar e expressar alegria

Por João Messias Jr.

Long Road
Divulgação
Acontecem períodos na vida que a única coisa que queremos é ficar longe de tristeza e negatividade e por mais que fugimos, elas aparecem bem diante dos nossos olhos. Ainda não existem aquelas sonhadas pílulas "legais" para reverterem esse estado de espírito, mas o que ajuda muito é ouvir música boa, até porque as canções estimulam sensações que proporcionam o bem estar.

"Long Road", segundo álbum do septeto paulista The Leprechaun é um belo remédio contra a depressão e todas as formas de baixo astral. A trupe formada por Fabiana Santos (voz), Bruno Stankevicius (violão), Paulo Sampaio (violão), Eric Fontes (baixo), Rafael Schardosim (banjo), Andrew Nathanael (violino) e Fernando Zornoff (bateria) combinam a energia do punk, a introspecção do folk e a alegria da músic celta, que  fazem desse CD, um poderoso antídoto contra energias ruins. Aliás, tudo aqui nos remete busca um sorriso, pois o material vem embalado no formato digipack, com o uso do branco que ameniza a tensão e uma produção esmerada, que lembra muito trabalhos de grupos como Beatles, Johnny Cash e até artistas gospel como Amy Grant e Michael W.Smith.

A fusão não aparece de cara, pois a faixa de abertura, Culprints and Victims lembra as canções tradicionais celtas, mas que prepara o ouvinte sobre o que virá pela frente. Melancholy Singings emana energia e alegria graças a condução do banjo, assim como They Won't Control Our Freedom (For A Day), que confesso que até bateu saudades das festas e acampamentos ciganos, cujo ambiente é sinônimo de alegria.

Essa vibração é transmitida nos quase 40 minutos do disquinho, que tem outro diferencial em relação aos seus colegas de estilo: os vocais. Fabiana não se preocupa em fazer uma voz bonitinha, pois a veia punk vem de sua atuação vocal, por cantar com o coração e assim, dando o punch que as canções precisam, como as contagiantes Blood Puddles, Man of Tiananmen e Hold the World que quando vê, está cantarolando o refrão e batucando na mesa.

O interessante é que mesmo em canções mais melancólicas como Dead Stars e Hide Your Love, a interpretação vocal não é chorona. Em especial a última, que é carregada de emoção e mostra toda o talento da moça,que somado as outras músicas, são motivos que farão o ouvinte ao menos fuçar na rede para conhecer o som da banda.

Enfim, se estiver naqueles dias em que nada dá certo, adquira esse CD, tire as coisas do caminho, largue os sapatos e mergulhe de cabeça na mistura positiva e equilibrada do The Leprechaun.
www.leprechaun.com.br

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