Trio carioca vive a melhor
fase da carreira com um death/black que remete o ouvinte a escola mineira da
década de 1980
Por
João Messias Jr.
Chronology of Satanic Events Divulgação |
Certa
vez uma amiga postou numa rede social a célebre frase: “A técnica jamais
superará a pegada”. As palavras soaram como um presságio. Sem saber, anotei,
pedi permissão e dias depois a resposta caiu no meu colo por meio do álbum “Chronology
of Satanic Events”, da banda carioca Coldblood.
Com
mais de duas décadas de estrada e
atualmente contando com D. Arawnn (guitarra e voz), Artur Cirio (guitarra) e Markus "MKult" Couttinho (bateria), a
banda pratica uma música que remete o ouvinte ao death/black praticado pelas
bandas mineiras de 1980. Se você pensou no catálogo da gravadora Cogumelo,
acertou em cheio, mas nada aqui é defasado ou com cheiro de café requentado. A
música do Coldblood é forte, intensa e feita para aqueles que não apreciam
apenas o black/death, mas sim todas as vertentes metálicas, pois os músicos
experientes conseguem inserir diversos climas nas canções e ao mesmo tempo
preservar a aura maléfica do estilo.
Alguns
exemplos são os hinos de guerra Cross Inversion, Hell Transcendental e Evil
Icon, cujas conduções da guitarra e bateria nos colocam no clima. Outros
momentos de brilho são Insignia of Abba, que possui um pique mais thrash e
Metastasis, conhecida por seu videoclipe são os destaques desse álbum, que
ainda reserva a épica faixa-título, que é dona de um final macabro
impressionante...e assustador.
Tudo
isso feito com pegada, sem deixar que os recursos tecnológicos atuais
interfiram na magia da música. Só por isso este algum é um dos melhores do ano
e quiça, de todos os tempos feito aqui!
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