Terceiro álbum de banda gaúcha se destaca por trazer canções empolgantes e trabalhadas
Por João Messias Jr.
Another Ophidian Extravaganza Divulgação |
Apresentar inovação é o que menos vale num álbum. O que realmente dá pontos num trabalho é se o mesmo empolga, missão que Another Ophidian Extravaganza", dos gaúchos da Losna faz muito bem.
Neste álbum lançado em 2015, o trio formado por Fernanda Gomes (baixo/voz), Débora Gomes (guitarra) e Marcelo Índio (bateria) mantém a mesma linha de trabalhos anteriores, aliando elementos do thrash e death metal.
Graças a experiência desses onze anos de estrada, mesmo sem apresentarem novidades, fogem do lugar comum. Isso se deve ao nível musical dos músicos, fazendo com que a coisa não caia na repetição. Parte disso são méritos dos vocais de Fernanda, que embora soem como as bandas speed/thrash dos anos 80, foge do jeitão da saudosa Wendy O. Williams (Plasmatics, Kommmander of Kaos), indo numa linha mais próxima ao Sy Keeler (Onslaught), só que mais agressiva e variada, com um pouquinho de Obituary e Kreator aqui e ali...
... Voltando a falar das vozes, Amore Sapore é dona de refrão e ponte empolgantes e a pesada Back to the Grotto são alguns destaques. Só que os outros instrumentistas também dão o seu show particular, como nos riffs de Project 971 e a quase hardcore Strut!, além das batidas trabalhadas e rápidas de Immiscible Pleasures. Outro destaque fica para Mesmerized by Rotten Meat, cujas letras iniciais de cada verso formam a frase "Amor Só de Mãe",
Aliado a massa sonora, "Another Ophidian Extravaganza" vem embalado num belo trabalho gráfico, a cargo de Tiago Medeiros e uma produção limpa e pesada feita por Fabio Lentino (Nephast) em conjunto com o trio.
Como diz o título desta resenha: "Para ouvir e bater cabeça".
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