Gaúchos apostam no peso e melodias marcantes em primeiro full
Por João Messias Jr.
Human Decay Divulgação |
Não é novidade pra ninguém que o sul do país é uma das referências quando se fala no death metal. Krisiun, Rebaellium, Nephast, Horror Chamber e tantas outras representam o estilo com maestria, e arrisco dizer que colocam muitos nomes gringos com maior fama no bolso.
E é justamente da terra dos Pampas que vem mais um nome que deve encabeçar a lista de quem curte metal extremo: Dismembration, que já havia chamado a atenção com o EP Tribute to the Dead, de 2018.
Marcos Palma (vocal), Bodão Arte Nula (guitarra), Diego Souza (baixo) e Lucas Furquim (bateria) fazem um death metal diferenciado, usando elementos do thrash, doom e groove, fazendo um som bem solto e cativante. Pois desde os riffs, as levadas de bateria e as linhas vocais grudam na cabeça de forma quase imediata e isso acaba conquistando o ouvinte, como foram em outros tempos, período em que as bandas se preocupavam em fazer boas canções, não em exibir técnica absurda.
Essa impressão vem logo no início do trampo com Dolls Maker, uma levada mais lenta e cadenciada com riffs hipnóticos e linha vocal marcante. O mesmo vai para a seguinte, The Beast Já The Messenger of Death é mais thrash metal.
Demonic Sadist é aquela que te chama pra briga, graças ao seu clima lento, pesado e desesperador, Kill Or Be Killed possui um groove e levadas industriais que só enriqueceram a canção. The Nightmare Repeats coroa esse belo álbum. Como disse linhas acima e repito: esses caras tiveram a preocupação de que cada som GRUDASSE na cuca do ouvinte, o que nos faz imaginar como deve ser um show do quarteto.
O carinho com os detalhes foi até para o projeto gráfico, pois o tom vermelho da capa faz dela um diferencial para as suas irmãs de estilo. Além da qualidade da gravação, que é primorosa e nos faz ouvir todos os instrumentos de forma clara e concisa!
Detalhes que fazem de Human Decay essencial na discografia de um deathbanger.