17 de maio de 2020

AQUELE SENTIMENTO QUE BATE NO PEITO

Potiguares resgatam a proposta do metal feito no Brasil na década de 1980

Por João Messias Jr.

Heavy Metal Réu
Divulgação
Olha como são as coisas, assim como nos primeiros tempos do metal aqui em São Paulo, onde tudo era feito na base do romantismo e fita crepe, o Nordeste foi por muito tempo lembrado pela carência de bandas fodásticas e locais com estrutura.

Isso me fez lembrar a década de  a época das fitinhas, onde acabei conhecendo muitas bandas legais como Mercy Killing, Insanity, Blackness, Headhunter DC e Mystifier, todas hoje cultuadíssimas pelo mundo, deixando um legado vitorioso.

Só que a cena nordestina não só melhorou, mas se equipara aos grandes centros de metal no país, com festivais renomados mundialmente (Abril Pro Rock) e (claro), bandas de extremo respeito. Esses dias citei a Sinal de Ataque, da Paraíba e hoje temos mais uma banda que tem tudo para ser cultuada pelos bangers do país: o Comando Etílico.

Com quase duas décadas de estrada, o quarteto formado por Hervall Padilha (vocal), Lucas Praxedes (guitarra), David Praxedes (baixo) e Kleber Barbosa) pensou em todos os detalhes para fazer um álbum matador: olhem para a arte da capa, feita pelo vocalista, que assim como a do debut que leva o nome do grupo, de 2010, é daquelas que merece uma moldura na parede.

O trabalho de áudio/mix/master é digno de elogios, pois a gravação cristalina não tirou o peso e a pegada da banda, que "apenas" tratou de mandar ver nos sons. Ai é só por o pescoço pra chacoalhar em sons como Jonny Letal, a viciante Maldição, a épica Atlantida e a vibrante faixa que nomeia o disquinho. Mas dá pra ouvir o material todo numa boa e apresentar batendo no peito aquele sentimento de orgulho para os amigos!

Se eu tivesse ouvido esse álbum em 2019, com certeza estaria na minha lista de melhores do ano! Um puta disco de uma rapaziada que sabe das coisas. E se forem torcedores do ABC, ganharam mais um ponto comigo (risos)!

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