Por João Messias Jr.
Muitos adolescentes quando entram
de cabeça no mundo do rock and roll, pensam que a rebeldia do estilo fica
destinada as bebedeiras, roupas surradas e letras negativas. Mas os mais
espertos logo caem na realidade que a verdadeira “ira” é poder fazer algo mais
pelo estilo.
E nessa “busca”, temos os que
escrevem matérias, fotografam e tocam, mas neste último é onde aparecem os poetas das
futuras gerações. Por meio de suas letras, inspiram futuros livros, protestos e
movimentos. Felizmente hoje, temos grupos que tem na mente que é possível
colocar peso e distorção no seu som e passar algo de bom com suas canções, como
é o caso dos dois grupos que irei comentar hoje: Mordy Rex e Impéria.
Vamos começar falando do Mordy
Rex, que embora tenha um nome que divide opiniões (por soar engraçadinho),
apresenta um rock variado que possui influências de bandas como Black Sabbath,
Soundgarden, Golpe de Estado e o rock nacional dos anos 80.
O quarteto formado por Alan
Amorim (voz/guitarra), Paulo Gianotti (guitarra), Flávio Carvalho (baixo) e
Roger Alves (bateria) aposta em seu primeiro EP, chamado Reviver, num rock and
roll puro e simples. Mas apesar da receita citada há pouco, a banda se destaca
por alguns aspectos fundamentais: riffs ganchudos, um vocalista talentoso e claro,
as letras, que te levantam.
Um dos exemplos está na faixa-título,
que conta sobre uma pessoa que perde tudo e se levanta para encarar o que vem
depois. Outro destaque é Estar com Você, que sem soar piegas, mostra como é bom
dividir seu tempo com alguém que te faça sorrir.
A embalagem é muito criativa, num
formato digipack, bem simples, mostrando que é possível criar bons produtos sem gastar tanto.
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Em Dias Assim Divulgação |
Embora praticante do rock and
roll, o Impéria, formado por Marcio
Deliberalli (voz), Felippe Deliberalli (guitarra),Ricardo Ueno (baixo), Flavius Deliberalli (bateria) possui uma
sonoridade bem diferente, pois possui uma sonoridade mais pesada e encorpada,
com solos virtuosos e muitas mudanças de andamento.
Os maiores destaques do CD são a
semi-balada O Povo do Caos, os bons riffs de Em Dias Assim , a pesada
Alta Voltagem, a acústica Dias de Paz. Só que o melhor ficou para o fim: as
versões elétrica e acústica para Eu Sou o Que Eu Sou, ambas com um resultado
muito bom e agradável aos ouvidos nos dois formatos. Não posso deixar de citar a excelente produção, feita por Fernando Magalhães.
Apesar de terem de acertar alguns
detalhes no vocal, a banda mostra que pode ser uma alternativa para os fãs de
rock não radicais, pois suas canções são fortes, tem apelo e o principal: tem
algo a dizer. Como alguns da faixa Alta
Voltagem: “Deixo o mundo da ilusão/Para me Conectar/Falo das forças do
Coração/Ouço a Verdade e a Emoção/Sinto uma Nova Pulsação/Que faz o Coração
Chegar.
Dois trabalhos que contradizem
toda a imagem “malvada” do rock and roll e provam que é possível SIM transmitir
positividade e seguir o coração, sem cairem no panfletarismo.
Parabéns Mordy Rex e Impéria!
3 comentários:
Muito bom Messias, acho que você capturou muito bem a essência dessas bandas. Como muitos sabem a Mordy Rex é uma banda a qual eu criei uma grande amizade e nós do Rock My Life apoiamos muito.
Quero deixar registrado aqui um abraço pra esses "meninos" que fazem um rock alegre e pra cima e um abraço a você Messias que faz um trabalho excepcional com o New Horizons Zine.
Um abraço da equipe do Rock My Life (www.rockmylife.com.br)
Pessoas como o João e Diego ,a galera que nos apoia nos shows fazem tudo valer muito apena.
adorei a resenha agradeço em nome da banda Mordy rex!!!!
quem quiser baixar o cd segue o link
www.palcomp3.com.br/mordyrexbanda
Muito obrigado pelo espaço, isso é de grande importância para o nosso trabalho.
E ficamos felizes em ver que você captou bem o espírito do disco!
Abração
download gratuitoo do Em Dias Assim: www.bandaimperia.com/downloads/edas.rar
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