Por João Messias Jr.
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The Pendulum Burns Divulgação |
rock/metal, não falo
isso para parecer sisudo ou que “eu posso e vocês não”, mas sim para mostrar as
pessoas que em todos os cantos do Brasil e do mundo temos bandas que não devem
em nada aos grupos consagrados. E como isso é prazeroso.
Vamos citar o quinteto
brasiliense Optical Faze, que para conceber seu segundo disco, The Pendulum
Burns, não poupou esforços. Gravaram com o renomado produtor Rhys Fulber nos
EUA e trouxeram na bagagem um dos melhores discos do ano. Mesclando o gótico, o
metal e algumas coisas do eletrônico e industrial fizeram um trabalho caótico,
denso, que tem tudo para agradar fãs de metal e praias mais soturnas.
A abertura com Trail of Blood
aponta uma vertente que começa lenta, mas pesada, com algo interessante, que
passa por outras faixas: a hora do refrão segue as marcações dos segundos do
relógio, algo muito bem explorado pelos grupos góticos dos anos 80, o que passa
mais credibilidade ao trabalho. Outro plus desse som é a participação do
guitarrista Jed Simon (Strapping Young Lad).
Além dela, outros sons de
destaque são Mindcage, que começa com pianos e depois se transforma num arrasta
quarteirão, Pressure, Carved, Colapse, cujo refrão se aproxima do hard
rock, e Red Sun, cujas vocalizações, nos fazem lembrar do Depeche Mode. Aliás,
o grupo recebe uma homenagem com uma versão maravilhosa para Never Let Me Down Again, que
conta com os vocais de Leah Randi.
Fica difícil não dizer sobre o
material gráfico, que é um dos mais bonitos lançados neste ano, cuja arte feita
por Michael Karcs, explora muito bem os tons de azul e vermelho, além da
embalagem em digipack que deixa o trampo irresistível.
Parabéns a todos os envolvidos:
Jorge Rabelo (guitarra), Matheus Araujo (voz e guitarra), Pedro Gabriel
(teclado), Renato de Souza (bateria) e Vicente Junior (baixo), que por meio
deste trabalho, me faz sentir cada vez mais forte, motivado e com energia para
fazer o que mais amo, por mais 20, 30 anos.
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