Grupo apresentou aos
presentes sua nova vocalista no The Vallen Festival, que contou com as
bandas The Vallens e Multifário
Texto
e fotos: João Messias Jr.
Violéte João Messias Jr. |
A banda Violéte, apesar dos quatro anos de existência, já passou por situações que
muitos grupos com o dobro (e o triplo) de carreira não dispuseram de viver. A mais triste
foi a perda repentina da vocalista Midi Gomes, que aconteceu no fim de 2013.
Com o dilema entre continuar e encerrar os trabalhos, felizmente o grupo
formado por Tiago de Paula (guitarra), Bruna Daniele (baixo), Gabriel Diego
(bateria) optou por seguir o legado e recrutaram a vocalista Micha (irmã de
Midi) para escreverem um novo capítulo em sua história. E a primeira
apresentação dessa nova formação do grupo aconteceu no último sábado (19), no
Gambalaia, em Santo André, que contou com a participação das bandas The Vallens
e Multifário.
O
espaço, localizado próximo ao centro da cidade, é um local aconchegante, que
graças à decoração intimista, com direito a puffs e cadeiras, permite
apresentações das mais variadas manifestações artísticas, que no dia de hoje,
foi voltada ao rock, que teve início às 20h40, com a banda Multifário, que fez
uma apresentação bem diferente da última que havia visto.
Multifário João Messias Jr. |
Donos
de uma sonoridade que une as batidas do gueto, poesias urbanas e um acento
rock, o trio formado por Rafael Rocha (voz e violão), Mailson Lean (baixo) e
Caio Silva acertaram no formato intimista, pois as canções tocadas de forma
semi-acústica combinaram com o local. O show mesclou músicas novas e canções
que figuram no EP Liberdade é Quando Se Tem Opção, como Linhas Manuscritas (cuja
versão de estúdio contou com a participação de Midi), Julgo e Sorte Natural,
além de versões para Lado B Lado A (O Rappa) e Manguetown (Chico Science e
Nação Zumbi). Só penso que o set deveria ter sido menor, pois o trio teve quase uma hora de show.
The Vallens João Messias Jr. |
Após
um pequeno intervalo, às 22h o The Vallens mostrou um som que busca referências
dos anos 50/60, com toques contemporâneos de grupos como Sonic Youth, Weezer, Strokes e Los
Hermanos, o quarteto formado por Duh Vallen (voz e guitarra), Johny (guitarra),
Viny Vallen (baixo) e Ismoul (bateria) mandaram em 40 minutos músicas que apresentam
um som consistente e que possui um ótimo trabalho de guitarras, como Maionese e
Antes das Sete.
Outra que chamou a atenção foi Thessaly, que tem um começo
melancólico e acaba de forma instrumental. O grupo aproveitou a ocasião e
dedicou as músicas Violeta e Improvável ao pessoal da Violéte.
Já
eram mais de 23h quando a Violéte adentrou ao pequeno palco. Micha (voz), Tiago
(guitarra), Bruna (baixo) e Gabriel mostraram uma banda renovada, que está
soando mais pesada e com muito swing, como tivemos a oportunidade de ver /ouvir
nas músicas novas O Amanhã e A Porta, que é muito bom para os meninos seguirem
seu caminho, a diversidade sem fugir do estilo que os fizeram conhecidos.
Violéte João Messias Jr. |
Em
comparação a Midi, Micha possui uma linha diferente, não tão introspectiva e
variada, que abre caminho para novas possibilidades, como aconteceu nas músicas
citadas acima. Mas o grupo aproveitou o show e mandou músicas de seu EP, como
Linha de Intenção e A Pressa, além de versões para My Immortal (Evanescence),
Pode Vir Quente que Estou Fervendo (Erasmo Carlos) e Killing in the Name (Rage
Against the Machine), que levantou todos os presentes.
Não
há mais palavras a serem ditas, além de que esse sábado foi uma noite
agradável, que contou com casa cheia, bons shows e fãs felizes, principalmente com o retorno da Violéte,
que tem tudo para brilhar novamente. E com toda certeza, sob a aprovação de Midi.
2 comentários:
Muito bom parabens pela matéria
Muito bom parabens pela matéria
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