12 de janeiro de 2020

PERSONALIDADE

Sexteto une referências modernas e pesadas em Ep de estreia



Por João Messias Jr.

Você já deve ter ouvido esse tipo de comentário, de que se determinado grupo fosse gringo, teria mais chance de acontecer. Impossível não vir essa frase na mente ao ouvir The Darkest Path, trampo de estreia da galera do Final Disaster.

Formada por integrantes e ex-integrantes de bandas como No Way e HellArise, o sexteto formado na época por Kito Vallim (vocal), Laura Giorgi (vocal), Daniel Crivello (guitarra), Rodrigo Alves (guitarra), Felipe Lucio (baixo) e Bruno Garcia (bateria) fazem uma música que une muito peso e climas que vão da calmaria ao caos. Como se jogássemos no caldeirão referências como Testament, Metallica, Lacuna Coil, Disturbed e Nine Inch Nails.

E a fusão disso tudo, legal pra cacete! Essa mistura chama a atenção logo de cara na faixa de abertura, The Dark Passenger, que possui uma dinâmica pra lá de interessante e contagiante. Já This is the End começa beirando o thrash, mas logo descamba para a maçaroca sonora praticada pelos caras.

Oblivion é aquele som que começa bem calminho e melódico e vai ganhando peso e caos durante sua audição, e com isso ganha o ouvinte, fazendo dela a melhor do EP, que ainda tem Beware the Children, que chama a atenção pelas vozes.

The Darkness Path é daqueles trabalhos que merece ser ouvido de cabo a rabo inúmeras vezes, além de mostrar como o cenário de metal nacional é criativo, não devendo em nada aos grupos estrangeiros. Ninguém está pedindo boicote ao que vem de fora, apenas que se preste atenção também na música que é praticada em seu país. Esse é o primeiro passo para uma estruturação da cena nacional. E o que vier depois, é consequência.

 

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