Por João Messias Jr.
As misturas no rock sempre geraram bandas e músicas interessantes e com isso, acaba angariando gente jovem na parada, gerando mais mistura.
Os trintões e quarentões irão se lembrar da fusão do thrash com o metal tradicional, que gerou clássicos como Rust in Peace (Megadeth), The Ritual (Testament) e Twisted Into Form (Forbidden), trabalhos que ao mesmo tempo que mostraram sua habitual qualidade, evidenciou a busca por algo novo.
Esse é o sentimento que temos ao ouvir Damnøcracy, debut da galera do Sick Damnation. JV Landi (vocal), Junior Sagster (guitarra), Lucas Pelarin (guitarra), Paulo Pedraza (baixo) e Thiago Rosa (bateria), mostram que entendem muito bem do riscado e claro que os fãs do estilo se deliciarão com os riffs técnicos e melódicos regados a vozes carregadas de dramaticidade.
O álbum já começa dando as cartas com a energética Visceral Hunger e a trampadíssima Craving For Illusion, que mostra que momentos de brilho da cozinha.
Criativos, os caras não deixam a peteca cair e mostram um canto gregoriano muito bem encaixado em Next Cure e um show do vocal em Grey Skies.
Porém, o ápice fica por conta de Devil's Hostage 24/7. Não apenas por contar com Vitor Rodrigues (Victorizer, ex-Voodoopriest e Torture Squad), mas por mostrar a facilidade dos caras em fundir peso e melodia, além de ter um clipe no mínimo interessante.
Além da música em si, a capa do album feita por Alexandre Jubran bate com a proposta do grupo, além da otima gravação, que permite ouvir com clareza todos os detalhes.
A competência já foi mostrada, só eliminar alguns excessos vocais e instrumentais, ficará perfeito.
Vale a pena conhecer!
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