7 de novembro de 2013

HELLARISE: DESORGANIZANDO A ORDEM

Functional Disorder, novo trabalho da banda aposta num som mais brutal e certamente irá  figurar entre os melhores trabalhos de 2013

Por João Messias Jr.

Functional Disorder
Divulgação
Sim, isso mesmo! O que o quarteto paulista HellArise fez com o coitado deste que escreve essas linhas é desumano. Quando o João Messias pensou que já teria uma base em escolher os melhores discos do ano, a banda lança seu novo trabalho, que vai me render uma dor de cabeça das bravas.

Qual o motivo da enxaqueca? Simples! Functional Disorder, novo EP do quarteto acabou de entrar na entrou na minha lista. As remanescentes Flávia Morniëtári (voz), Mirella Max (guitarra) recrutaram para essa nova empreitada o baixista Kito Vallim e o baterista Felippe Max e juntos criaram algo brutal, pesado e virtuoso.

O massacre começa com More Mindless Violence (também escolhida como primeiro clipe), é daqueles sons que merecem ser levados ao palco, pois é dona de muita energia, além de uma levada perfeita para o banging.

I don’t Believe é mais cadenciada e é comandada pelos riffs de Mirella, que apesar de todo o peso presente, recebe bem vindas influências do metal tradicional e do hard rock. More than Alive é lenta e possui um contraponto interessante dos vocais e guitarra, em que as seis cordas soam como uma segunda voz.

O massacre volta com a faixa que batiza o trabalho, que soa como um grito de guerra, com destaque para o trabalho de bateria, pesado e constante, além de solos inspirados.

Rest in Pieces (Good Old Feeling), a saideira do EP começa com riffs brutais e vocais vociferados, mas, em seu decorrer, recebe andamentos mais trabalhados e melódicos, vozes experimentais e volta pra porradaria, lembrando grupos como Forbidden e Exodus, ou seja, não estão para brincadeira.

Além das músicas, três fatores fazem do trabalho obrigatório aos fãs de boa música: produção moderna, que lembra as de caras como Andy Sneap combinou perfeitamente com o som do grupo que com certeza tem tudo para brilhar nessa nova fase. Os vocais de Flávia, que vão naquela linha mais crua, com berros esganiçados e o trabalho das seis cordas de Mirella, de muito bom gosto.

Se todas as enxaquecas e dúvidas fossem por motivos como esse, ficaria maluco e com dor de cabeça o ano todo.

O disco, que (infelizmente) não saiu em versão física pode ser ouvido na íntegra no site abaixo.

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