28 de outubro de 2014

RED IN WHITE: POR DIAS MELHORES

Após um álbum bem sucedido, grupo passa pelas incertezas das mudanças de formação

Por João Messias  Jr.

Wildness Within
Divulgação
Coisas que acontecem apenas na música...quando determinada banda passa por todas as etapas de produção, lapidação e finalização das canções. Daí lançam um excelente trabalho, se vêem impedidos de promove-lo, devido a mudanças de formação.  Mais uma vez a história prega uma peça com o grupo Red In White. De Florianópolis, o até pouco tempo quarteto fez logo no primeiro álbum full o que muitos grupos de hard rock tentam, mas batem na trave: apresentarem maturidade e malícia nos momentos certos, além de uma dose de peso nas guitarras.

As características descritas acima aparecem logo na primeira trinca. “Wildness Within”, “Like A Bullet” e “Chainsaw” já fazem valer a aquisição do álbum. Fazendo uma alusão com o estilo que o grupo toca, as outras faixas são como aquela mulher gata que faz um strip-tease, deixa sempre um gosto de quero mais, como em “Deep in the Fire” (inspirada em grupos como Ratt e Winger), os solos de “Desperate Dreams” e “Ashes & Fears”. 

Só que o melhor ficou para o fim. “Vendetta” (para quem foi destinada?), que mostra um lado que deve ser evidenciado em futuros trabalhos: andamentos quebrados com muito virtuosismo das guitarras, que somados soam como uma trilha de filmes de ação.

Não sei se proposital, a capa do grupo nos remete a bandas mais experimentais como o Tool, o que pode desagradar ou confundir os fãs de hard rock, mas ao passar das audições acabamos inclusive conectando a arte as músicas.

Vamos torcer para que os remanescentes Daniel Scarr (guitarra) e Felipe Martinez (bateria) encontrem os músicos certos para seguirem com o trabalho, que pelo foi apresentado aqui, NÃO MERECE parar.

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