Quinteto mescla
influências variadas, que vão do thrash e hard rock em seu disco de estreia, “You’re
Going Straight to Hell”
Por
João Messias Jr
If You're Going Straight to Hell Divulgação |
O
que chateia nesse universo do rock e
metal são pessoas que se contentam em ouvir a mesma coisa sempre, não abrem a
mente para conhecerem outras alternativas. O mesmo se aplica para
determinadas bandas, que não acrescentam NADA a sua música, fazendo um café
requentado e de péssimo gosto do que foi produzido nos anos 70 e 80. Porém, temos pessoas que não se contentam em trilhar o caminho dos consagrados e com isso, agregam diferentes sonoridades e texturas para fugirem do lugar comum, como o
quinteto Shadows Legacy (ex-Legacy) em seu primeiro álbum, “You’re Going
Straight to Hell”.
Do
Mato Grosso do Sul, e formado atualmente por Wille Cardoso (voz), Max (guitarra),
Leandro (guitarra), Luciano (baixo) e Augusto (bateria), mandam uma música que
tem como base o metal tradicional dos anos 80, que durante todo o trabalho é
possível ouvirmos passagens do mais puro rock and roll, hard rock e thrash. Este
último inclusive aparece na faixa titulo, que lembra um Dio inspirado na "Bay Area". Outro
momento digno de nota fica para a balada “I Remember My Friend”, que começa
acústica e vai ganhando força e peso, com um ótimo refrão e solos de puro
feeling.
O
lado mais hard fica por conta de “Rage and Hate”, cuja alternância de vozes, faz com que a música
cresça durante a audição.
Só
que a base do álbum é o metal tradicional e a parte final do trabalho
emocionará os fãs do estilo. Principalmente os solos maidenianos de “The Sky Is
Falling Down” e a empolgante “Sacred Fire”. Falando na donzela, o ex-vocalista
Blaze Bayley participa em “Hate Within”, que não fez feio, embora a canção se destaque pelas cordas inspiradas. Mas a combinação de tudo aparece na última faixa do CD, "We Are the Legacy", que acaba sendo a melhor do material apresentado por apresentar os estilos em harmonia.
A
única coisa que o grupo, na verdade o vocalista precisa melhorar é a pronúncia,
que em alguns momentos está “seca", que tem tudo para mudar esse quadro com o
ritmo de shows, turnês e gravações.
Enfim, não
é necessário criar um estilo novo dentro do rock/metal, mas como dizia Raimundo Nonato no filme 'Estômago': "Tudo que tem cebola e pimenta do reino ganha mais sabor". E o pessoal da Shadows Legacy faz uma mistura com muitos temperos, o que agrega personalidade ao trabalho, mesmo sabendo que criar algo original seja uma tarefa praticamente impossível.
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