Por João Messias Jr.
A saida do vocalista Vitor Rodrigues colocou um enorme ponto de interrogação ao futuro do Voodoopriest.
Seguindo a máxima que o show deve continuar, os remanescentes Bruno Pompeo (baixo), César Covero (guitarra), Renato de Luccas (guitarra) e Edu Nicolini (bateria) mantiveram a unidade e soltaram no dia 19 de abril o novo álbum, Cipó dos Mortos, cuja capa assinada por Rodrigo Penna é belíssima.
Com o baixista assumindo os vocais, logo aos primeiros minutos de Comando Tronado, percebemos algumas diferenças marcantes.
Os vocais de Bruno soam mais brutais, o que deixou a pegada da banda mais extrema, sem deixar de lado a técnica apurada dos seus músicos.
A temática indígena fora mantida, aqui focada na espiritualidade e as letras aqui são em português. Cujo conjunto de ações fizeram de Cipó dos Mortos um disco mais introspectivo, onde são necessárias algumas audições para captar a mensagem.
Passada essa fase, o lance é curtir os sons. Tanto as ritualísticas Mandu e o Povo do Pó e a já citada Comando Tronado. Já Caboclo é brutal, enquanto Sinistro Governo Secreto é cheia de groove.
Inteligência Artificial chama a atenção pela dinâmica das guitarras, Cipó das Almas é densa e sombria.
Só que o melhor ficou para o fim. A narrativa Voodoopriest - O Cacique e o Cocar conecta os fãs do grupo a momentos antes de Cipó dos Mortos ganhar a luz do dia.
Claro que caberá aos fãs decidirem se aprovam o renascimeto do grupo. Mas o fato é que o hoje quarteto curou as feridas, focou na música e soltou um puta disco.
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