Adepto do Classic Rock,
quarteto usa como base o som pesado com melodias pegajosas e vocais mais
berrados que dão um resultado genial
Por João Messias Jr.
Seventy Dogs Divulgação |
Meus
amigos, o que tem de banda apressada, que por exigência de mercado ou por
ansiedade, acabam lançando material que ainda necessita um maior cuidado e
lapidação. Como consequências, além do trabalho acabar ser desprezado, uma carreira pode ser jogada no lixo por causa de não saberem esperar o momento certo.
Na contramão, o que dizer de uma banda que foi formada em 1986 e só lançou seu primeiro disco
em 2013? Pois é, Fernando Parrilo (guitarra), Eduardo Parillo (guitarra e voz),
Fabio Ressio (baixo) e Paulo Rogério Ressio (bateria) esperaram todo
esse tempo para lançarem seu primeiro disco, Seventy Dogs. E embora clichê, é necessário citar que
valeu a pena, pois é um disco muito, mas muito legal de se ouvir.
Um
dos motivos é a massa sonora, que embora siga a linha do hard setentista, passeia
por outros estilos como o hard dos 80 e o vocal de Eduardo (que também canta no
Mad Old Lady), pois ele lembra um pouco o do cantor do Crash Test Dummies (quem
viveu o auge da MTV sabe de quem estou falando), que cai como uma luva aqui,
além de uma leve influência melancólica aqui e acolá.
O disquinho
abre com a faixa-título, que é densa e pesada. Já Let Me Down é aquela canção
perfeita: excelentes riffs, vocais berrados, backings de fundo e um refrão pra
cantar junto. Godzilla é mais setentista, bem arrastada, com solos virtuosos,
que aparecem também em Running to the Edge, que lembra o Kiss “festeiro” dos
anos 80, como a capa, que é levemente sacana!
Lost
Girl é o ápice do CD, é aquela balada climática e gostosa (principalmente os solos), que é ideal para ouvir ao lado da pessoa amada e até pode ser pano de fundo para se desculpar daquela
besteira que fez na noite anterior. Just Want to Live Forever encerra o
trabalho nos levando a refletir na nossa vida, escolhas, enfim, vai fundo!
E
falando em refletir...muitos devem ter questionado a presença da banda no
Monsters of Rock, embora acredite que não tenham mudado a opinião quanto a sua
inclusão no cast, mas vendo a apresentação do quarteto, devem ter percebido que
independentemente de critérios de escolha, o grupo possui maturidade de sobra e músicas
(muito) competentes.
Um comentário:
Descrição perfeita do trabalho, o Cd conseguiu agradar a Mim (37 anos) e a meu filho (16 anos), que por sinal já tomou posse do Cd é claro.
Abraços.
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