3 de janeiro de 2014

IMPERIOUS MALEVOLENCE: DEATH METAL ACIMA DE TUDO

Doomwitness, novo trabalho da banda apresenta fidelidade ao estilo, com peso, morbidez e climas macabros

Por João Messias Jr.

Doomwitness
Divulgação
Mudanças de formação sempre dão aquela dor de cabeça numa banda. Os paranaenses do Imperious Malevolence também foram vítimas desses perrengues. Depois da saída do guitarrista Mano, o baixista/vocalista RafaHell também seguiu o mesmo caminho. 

Coube ao baterista Antonio Death reformular ao grupo e nessa tarefa se saiu bem, pois Danmented (guitarra e backing vocals) e Alex W.A. (baixo e voz) não apenas mantiveram o poder de fogo do grupo, como deram aquele toque a mais que abrilhanta todo o trabalho.

Musicalmente a banda manteve o estilo, que é aquele death metal com um pique da Flórida, só que trampadíssimo (principalmente a guitarra e a bateria) e a favor da música, como na abertura com Rot in Peace, Doomwitness e os andamentos thrash de Antigenesis.

Outras novidades que podem ser ouvidas /sentidas são os climas mórbidos dos teclados, feitos aqui por Alex e Antonio, que aparecem por quase todas as faixas e dão um diferencial no som,que graças á esses climas beiram o doom metal, além da sincronia dos jogos de vozes, que proporcionam uma audição prazerosa em Nihilisticon e Priests of Pestilence.

O final, com Seek for Mephisto reúne todas as características ditas acima e faz desse disco uma aquisição obrigatória aos fãs de música extrema. Se é o melhor disco da banda, só o tempo dirá, mas o importante é que a banda mostrou que está ainda mais forte e que se depender das músicas daqui, pode chegar ao ápice de sua carreira.

Uma tradição do estilo são as capas lindas e cheias de detalhes, mas a de Doomwitness não é apenas linda, e sim uma das mais representativas do death metal mundial. A arte, a cargo de Anderson L.A. (Natureza Morta) reflete em suas nuances de cores e detalhes todo o clima denso e desesperador que se encontra no som do trio.

Os paulistas tiveram a oportunidade de assistir o trio em ação na abertura para o Nile, realizada no mês de dezembro. Infelizmente não pude estar presente, então é cruzar os dedos e torcer para aparecerem na terra da garoa de novo!

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