Com simpatia e
musicalidade, quinteto paulista celebra Jubileu de Prata, mostrando que o
melhor de sua carreira está por vir
Texto
e fotos: João Messias Jr.
Tropa de Shock João Messias Jr. |
Quantas
bandas chegam aos seus 25 anos de carreira com uma carreira constante e regular
de lançamentos e shows pela região? Dá para contar nos dedos, certo? Pois bem,
o quinteto paulista Tropa de Shock é uma dos grupos que podem se vangloriar por
chegar a essa importante marca com vitalidade e todo o gás necessário para
fazer quem sabe mais 25 anos. Para comemorar a data, o evento teve como
convidadas as bandas Subversilvas e o guitarrista Sergio Murilo, que foi o
primeiro guitarrista da Tropa.
E
a celebração foi comemorada no último sábado (17), no Dynamite Pub, localizado
no Bixiga, centro de Sampa,antigo Carbono 14 se mostra um excelente local para
shows, com um bom espaço e aquele jeitão underground que todo espaço deve ter.
Sergio Murilo João Messias Jr. |
A
festa teve início às 0h40, com a casa quase vazia (panorama que infelizmente não mudou
até o fim do evento) o guitarrista Sergio Murilo, que apresentou clássicos do
rock, mas de uma forma diferente, pois o músico faz algo interessante e
inusitado que é transformar as partes vocais em frases de guitarra.
Com muito
entusiasmo e vontade de tocar seu instrumento (algo que está em falta hoje),
esquentou os presentes com versões para clássicos do metal como Rainbow in the
Dark (Dio), Mr. Crowley (Ozzy Osbourne) e The Trooper (Iron Maiden). Vale citar
que neste som, o guitarrista desceu do palco e compartilhou o momento com o
público.
Subversilvas João Messias Jr. |
Já
eram 1h30 da madruga quando o Subversilvas entrou no palco. O trio, formado por
Jesus (baixo e voz), Harold (guitarra) e Fellipe (bateria) fazem um crossover
de influências diversas, que vão do crust, sludge e metal, mas com letras que
beiram o punk/hardcore, que procuram conscientizar as pessoas.
A
apresentação foi direta, sem muitas cerimônia, com direito a sons de seu EP
como Lutar, Miséria e U.S.A.
O show teve também a música nova, chamada Abate,
que tem como tema a exposição da mulher na sociedade, que é vista como um
pedaço de carne e um cover para Sick With Society da banda punk/crust Doom.
Tropa de Shock João Messias Jr. |
Mas
ainda havia a Tropa de Shock. Então, ás 2h20 Don (voz), Augusto Abade
(guitarra), Lucas Pelarin (guitarra), Lucas Tomé (baixo) e Marcio Minetto
(bateria), que após a intro, mandaram You’re a Liar, do mais recente trabalho
do quinteto, Immortal Rage, que mostra um metal tradicional direto e com um bom
trabalho de guitarras, como pede o estilo.
A
banda é muito carismática ao vivo, principalmente Don, que além de um excelente
cantor, é muito humilde e está sempre interagindo com o público e nessa vibe
mandaram Sign of Life, também do mais recente registro. Assim como o vocalista,
todos mandam muito bem nas suas funções e nem parecia que era o primeiro show
com “os Lucas”, que mostraram segurança, como na instrumental Transylvania (Iron Maiden).
O
show teve ainda sons como Somewhere in Your Life e A Ray of Light, que infelizmente
deu números finais ao evento.
Poderia
terminar essa resenha dizendo que voltei feliz para casa após mais uma noite de
metal, mas infelizmente há algo que ainda precisa ser dito: aonde estavam os
ditos headbangers que dizem nas redes sociais que acreditam e apoiam a cena
nacional e tal? Provavelmente em algum boteco enchendo a lata e assistindo
algum show de banda cover.
Lastimável!
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