27 de janeiro de 2014

NETHERBOUND: PESO, RISPIDEZ E MELODIA

Oriundo do Rio Grande do Sul apresenta em seu primeiro trabalho uma mescla de power metal e thrash com toques progressivos de forma equilibrada

Por João Messias Jr.

Epidemic Salvation
Divulgação
Quem olha a capa do EP Epidemic Salvation do quinteto gaúcho Netherbound, pode pensar que se trata de uma banda death ou mesmo splatter.

Felizmente, sem desmerecer os estilos citados, o quinteto formado por Rafael Prado (voz), Somberlain (guitarra), Raul Xenofonte (guitarra), Luis Guilherme Tegel (baixo, que já deixou o grupo) e Caue Otto (bateria) une referências do thrash, power metal e prog e conseguem em seu primeiro trabalho um equilíbrio de peso, rispidez e melodia, além de tudo aqui estar bem gravado e balanceado.

Mas, vamos às canções do disquinho. Após a intro, The Questioning, The Awakening reforça as impressões ditas acima e chama a atenção pela variedade dos vocais, que alternam momentos agressivos (em algumas partes quase death metal) e em outras, mais melódico, que lembra o grande Leandro Caçoilo (Seventh Seal). New Horizons vai mais para o thrash, e vai agradar aos fãs de grupos como Forbidden, principalmente pelo que fizeram no início da década de 90. Through the Nether lembra as baladas thrash, com instrumental pesado e vocais na mesma sintonia, mas que conforme sua audição vai ficando mais agressiva.

O trabalho chega ao fim com Future Comes Cruel, apesar de começar cadenciada, ganha passagens thrash, inclusive com solos “vespas loucas”, riffs inspirados e vocais que lembram grupos como Annihilator, além de passar a impressão que deve ser muito legal nos palcos.

A rapaziada se saiu muito bem neste primeiro trabalho. Basta não se acomodarem que serão um dos grandes nomes da cena gaúcha muito em breve.

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