Por João Messias Jr.
Desde a primeira vez que acompanhei um dos primeiros shows do então vocalista do Eterna, Leandro Caçoilo, já vi/ouvi o cantor fazer muitas coisas com a voz. Desde o hard rock com o Hardshine e Hardalliance, prog com a Seventh Seal e cantando os clássicos do Viper. Porém, essa história ganha um novo momento com o Endust.
Ao lado de Glauco Rezende (guitarra/baixo) e Fernando Arouche (bateria), o grupo prioriza o peso e um clima visceral, como um mix do thrash do Machine Head com o prog metal, tudo aliado com um clima denso e melancólico.
A sensação descrita aparece logo de cara nas faixas de abertura, Someone to Blame (cuja bateria flerta com o death metal) e All Ends in Dust, que mostra todo o virtuosismo dos envolvidos.
Sabiamente, o trio soube personalizar sua música, inserindo trechos mais melódicos nas canções, como em Lost Without a Way e a baladaça Beyond the Memories, que além de ser a melhor do disco, mostra partes de voz influenciadas pelo hard/AOR.
A pancadaria reaparece em Only One Will Stand e seu mix de Slayer/Evergrey e a quebradeira de Flood, fazendo desse álbum, uma grata surpresa, feito por gente (muito) talentosa diga-se de passagem.
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