Por João Messias Jr.
Os ingleses do Xentrix nunca figuraram no primeiro escalão do thrash metal, mas deixou durante toda sua história álbuns memoráveis como Shattered Existence (1989) e For Whose Advantage ( 1990), graças ao thrash metal trabalhado e variado que praticavam.
Entre algumas idas e vindas, e hoje formado por Jay Walsh (guitarra/vocal), Kristian Havard (guitarra), Chris Shires (baixo) e Dennis Gasser (bateria), soltaram em 2019 um novo trabalho, Bury the Pain, o primeiro desde o experimental Scourge, de 1996.
E apesar do tempo sem soltar material inédito, ouvindo o disquinho, percebemos que o quarteto continua afiado e além, dando uma aula de thrash metal.
Ao mesmo tempo que o grupo manteve o estilo trabalhado, botou doses de agressividade e groove (alguém pensou Testament?), que fazem desse álbum uma aula de thrash, com uma musicalidade forte e renovada.
A faixa título que abre o trabalho já mostra o que teremos durante todo o disco: thrash trampadissimo, malvado e melódico nos momentos certos.
There Will be Consequences é um dos clássicos do disco. Feita para os palcos, contagia do início ao fim. The Truth Lies Behind aproxima o grupo ao seu início de carreira, enquanto Let the World Burn é dona de um groove poderoso.
Bleeding Out é cheia de maldade, enquanto Deathless & Divine é brutal e trabalhada. Mas o momento de realmente babar é em The One You Fear.
Agressiva, melódica, bateria marcante e solos inspirados em Iron Maiden/Judas Priest, é daquele som que merece ser pedido quando se faz um hat trick no FIFA.
A arte da capa, feita por Dan Goldsworth (Accept, Alestorm) é belíssima e assim como Bury the Pain, tem tudo para liderar as listas de melhores do ano.
Demorou pra vir, mas veio de forma avassaladora!
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